5.18.2008

só no escuro

Acalenta-me a esperança fugidia
De te rever numa curva apertada
Àquela hora onde se perde o dia,
Onde a luz se mistura com o nada

Sei assim que os contornos não são teus
A mistura do que recordo e do que sonho
Esse que perde a noite nos fogos só meus
E deixa estrelas no escuro onde me ponho

Se vieres de luz, então tenho receio
De deslumbrar ao facho que me dás
De ficar preso na corrente do enleio
Que obriga o forte julgar-se incapaz