5.22.2008

Mãos roubadas

Dá-me de volta as mãos que me roubaste
e que trocaste, sem cautela, num repente
como quem esgalha duma cerejeira a haste
quando disseras serem tuas para sempre.


Se as querias e não cuidas, porque insistes
que um deus teu te dá esse direito
de roubares as mãos a quem fingistes
que davas as que tens dentro do peito.