5.18.2008

Inventando

Deixa inventar-te uma métrica nova
que barafuste dos códigos o saber
para que assim, pondo-me à prova
consiga inteirar-te o meu sofrer

em ditongos e sílabas me defino
e nas palavras, soltas aos pedaços,
as que desfaço em cada desatino
e refaço, de novo, nos abraços.

Porque falar-te vero não me dá
o jeito que cuidava e não o tenho.
Inventar outro modo? – eu sei cá…
insisto de a mais carecer engenho.