vem aí o setembro, em passo de corrida. nos ombros a sacola do a e i o u. corre agosto, se queres aprender as falas.
8.31.2008
sem letras
sem letras poderíamos olhar cem vezes a tua fala de gestos. talvez no olhar se visse um texto bastante.
fora fevereiro
se fora fevereiro ainda daria para uma distracção que evitasse a saudade da passagem. o tempo quente também não ajuda.
8.27.2008
8.26.2008
8.25.2008
tarde caída
quando a tarde caia em tons definitivos, mesmo que apenas para esse dia ido, sossegava-te o espírito e voltavas a ser a mesma. por uma noite.
8.24.2008
8.20.2008
água salgada
a água, salpicando de sal o gosto da tarde, caminhava suavemente por sobre os pés cansados. preparava a jornada seguinte.
sinais
consta que caminhava tão suavemente na areia fina da praia que tornava impossível o reconhecimento das marcas. um dia, nervoso por um assunto mal encaminhado, deixou cair o pé em sobressalto. o mar, que o via passar por ali horas sem fio, correu a apagar os sinais.
8.19.2008
dias de verão
dizem que no verão os dias são maiores e acreditamos nas coisas que nos dizem. mas o que é certo é tudo quanto nos diz o relógio: vinte e quatro horas, nada a mais, nada a menos.
só pelo nome
Gaius Iulius Caesar Octavianus Augustus
Caio Júlio César Octaviano Augusto
faleceu em 19 de Agosto de 14 DC
Caio Júlio César Octaviano Augusto
faleceu em 19 de Agosto de 14 DC
8.17.2008
câmara de ar
como um calendário da michelin, sempre na esperança gaiata de espreitar o pneu seguinte. vistoso. de câmara à mostra.
calendário
viram-se os dias, um a um, outro a outro, como se o tempo fosse umas páginas de calendário que penduramos nas marquises da vida.
chuva futura
a chuva veio apenas dar conta da sua identidade. uns pingos inofensivos deixaram no alcatrão da estradas memória do inverno futuro.
8.16.2008
Ar rarefeito
Quais são os predicados do teu sujeito,
Qual é - afinal - o ar rarefeito
Com que me sufocas todo o tempo?
- Eternidade é só este momento!
Qual é - afinal - o ar rarefeito
Com que me sufocas todo o tempo?
- Eternidade é só este momento!
Por ventura
Posso estar louco, bem se vê...
Mesmo se poemas saltam em bravura.
Ninguém os sente, já ninguém os lê;
Apenas os faço em memória da tua...
Formosura?
Descompostura?
Não!
Só assim mesmo por ventura!
Mesmo se poemas saltam em bravura.
Ninguém os sente, já ninguém os lê;
Apenas os faço em memória da tua...
Formosura?
Descompostura?
Não!
Só assim mesmo por ventura!
8.15.2008
meio de agosto
o sol abafa o meio do mês. das saudades dele, lembramos agora um setembro próximo. nunca se quer o que se tem.
8.08.2008
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