1.28.2008

para

Para viver um grande amor devem acautelar-se as misturas. No fundo, cada coisa de sua vez.

1.26.2008

lembranças

A memória das coisas atrela-se em lembranças saltitantes de pedaços; objectos, pessoas, coisas propriamente ditas, misturam-se com recordações de histórias contadas por outros ou sonhadas, talvez. Dizia Borges que só damos o que já não é nosso, o que efectivamente já demos. A memória é também assim: joga connosco e só ela sabe o que quer que saibamos.

pensar

Pensar é quase o mesmo. Também um diploma - que só num poema se sustem ...

escrever

Escrever - assim, sem poesia ou rima - é um acto de coragem e sacrifício que nos deixa envoltos na angústia do insucesso e que nos atemoriza cada gesto, sempre incompleto, quase incompreensível. É um modo de ser precário e vagaroso que se atinge escassamente.

1.25.2008

tão duro como o cimento é esta leveza do talco que nos enquadra na contradição do mundo.