8.31.2011

"a cegueira é andar por uma terra
que só eu conheço"
podendo enlear-me nos ramos
dos teus abraços, os que
repiso na memória. o teu rosto
continua a ser o rio
onde banho as mãos e as saudades,
onde refresco da canícula
que tua ausência deserta. barro
é um ente solidário
quando pergunto o teu nome, e
se mais não pode,
deixa que reformule os teus lábios mansos
e que todo o resto do teu corpo
acompanhe os contornos do mundo.

2009, a partir de um verso de Rui Nunes
(in, que sinos dobram por aqueles que morrem como gado)