e o maio, de repente, lume. parece desesperado na sua falta de tempo.
5.31.2009
conjugação verbal
olho o sol no pique do dia
e rogo ideias, palavras, cores
quero gritar os meus amores:
silabas inteiras, e fantasia.
não suo ao sol. só os calores
com que traço e escrevo poesia
são lembrança do teu cristalino olhar
forma recatada de conjugar o verbo ____ .
(17.05.2009)
e rogo ideias, palavras, cores
quero gritar os meus amores:
silabas inteiras, e fantasia.
não suo ao sol. só os calores
com que traço e escrevo poesia
são lembrança do teu cristalino olhar
forma recatada de conjugar o verbo ____ .
(17.05.2009)
as tuas mãos são céu
as tuas mãos são a flor
que deixa no solitário a ideia do ramo
talvez nem seja amor
mas é sol por inteiro, todo o ano.
as tuas mãos rasgam-me o corpo
e eu, absorto
entrego-me por inteiro ao desleixo
de calar o que te deixo.
vamos
(anos e anos)
respirar o eterno dos dias
(tristezas, alegrias...)
tu e eu
somos o mundo todo
(a seu modo...)
somos céu.
(17.05.2009)
que deixa no solitário a ideia do ramo
talvez nem seja amor
mas é sol por inteiro, todo o ano.
as tuas mãos rasgam-me o corpo
e eu, absorto
entrego-me por inteiro ao desleixo
de calar o que te deixo.
vamos
(anos e anos)
respirar o eterno dos dias
(tristezas, alegrias...)
tu e eu
somos o mundo todo
(a seu modo...)
somos céu.
(17.05.2009)
5.30.2009
5.20.2009
voando
o meu rumo é tão incerto como a certeza do infinito
e levo as palavras que vós abandonastes
no sortilégio das ondas.
só porque vos recusais ao vento,
o meu insano grito é escuro silêncio
nos ouvidos pecadores.
o meu destino não é, salvo
o ter sido
e aparto-me das admirações conservadoras
com que quereis repristinar o antigo.
gasto os últimos alicerces
para burilar plumas de Ícaro
e poder ver-vos,
na trôpega glória do mundano,
desde os guindastes das pontes.
sei não chegar mais alto
que os badalos dos sinos,
preso nas recordações
que me carregam o fardo.
quem dera ser leve!
voar
e só lançar a mão
aos que nunca me conquistaram.
e levo as palavras que vós abandonastes
no sortilégio das ondas.
só porque vos recusais ao vento,
o meu insano grito é escuro silêncio
nos ouvidos pecadores.
o meu destino não é, salvo
o ter sido
e aparto-me das admirações conservadoras
com que quereis repristinar o antigo.
gasto os últimos alicerces
para burilar plumas de Ícaro
e poder ver-vos,
na trôpega glória do mundano,
desde os guindastes das pontes.
sei não chegar mais alto
que os badalos dos sinos,
preso nas recordações
que me carregam o fardo.
quem dera ser leve!
voar
e só lançar a mão
aos que nunca me conquistaram.
5.17.2009
alegrias findas, antes de renovadas
o dia. golo a golo, lentamente, lá se foi a alegria
na garrafa. vou telefonar e vou anunciar
que há mais pró ano. a vida não tem engano.
5.16.2009
posso (mas com as palavras)
com as palavras pinto um universo infinito
e no poema posso sonhar-te inteira em azul
porque invento a realidade toda
(tão real como a restante);
mudo a posição do sol
ou desta cadeira de madeira;
mudo o teu olhar
- já de si tão belo –
e acrescento-lhe o meu. eu sou
o rei dos meus ditongos
o astro do meu verso
E NENHUM MILHÃO ME OBRIGARÁ
a inventar um som ainda mais bonito. posso
escrever o escuro com tinta luminosa
(poesia ou prosa)
e soletrar todo de amarelo
o ar triste do choro que te invento. olha
que posso dizer para não olhares
e com uma mentira tão verdadeira
como uma real falsa aparência
simular que te estou a dizer não.
posso pontuar a tua vida inteira
com vírgulas às carradas,
das que me ordenaram a pausa. paradas. e
exclamo
- assim o querendo –
que nunca serás a mesma
como nunca deixaste de ser.
com esta tinta até posso
dizer que perdi o poder,
dizer que já não sei escrever.
e no poema posso sonhar-te inteira em azul
porque invento a realidade toda
(tão real como a restante);
mudo a posição do sol
ou desta cadeira de madeira;
mudo o teu olhar
- já de si tão belo –
e acrescento-lhe o meu. eu sou
o rei dos meus ditongos
o astro do meu verso
E NENHUM MILHÃO ME OBRIGARÁ
a inventar um som ainda mais bonito. posso
escrever o escuro com tinta luminosa
(poesia ou prosa)
e soletrar todo de amarelo
o ar triste do choro que te invento. olha
que posso dizer para não olhares
e com uma mentira tão verdadeira
como uma real falsa aparência
simular que te estou a dizer não.
posso pontuar a tua vida inteira
com vírgulas às carradas,
das que me ordenaram a pausa. paradas. e
exclamo
- assim o querendo –
que nunca serás a mesma
como nunca deixaste de ser.
com esta tinta até posso
dizer que perdi o poder,
dizer que já não sei escrever.
5.15.2009
5.11.2009
superioridade teimosa
deito-me. ao som de uma melodia gasta, que os condóminos, só porque num piso mais cimeiro, teimam em galinhar pelos espaços comuns, entrando até nos meus sossegos. sempre com essa vã ideia da superioridade das escadas e da glória do clássico. teimosos.
5.10.2009
5.08.2009
5.05.2009
sonhos de primavera
vou-me deitar numa janela fresca. tão fresca de só sonhada. acordarei resfriado, de tanto sonhar.
5.04.2009
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