que mês este que assim parte, deixando tantos partir.
6.30.2009
6.25.2009
6.23.2009
Só de passagem, sem reparares
Talvez um dia possas
ler este trilho de sopro
que deixa letras fingidas
onde inventaras esquecimento.
Até o impossível é mortal,
mesmo temporário.
E chorarás sem lágrimas
o castigo
de não teres aberto os olhos
ao meu regresso.
ler este trilho de sopro
que deixa letras fingidas
onde inventaras esquecimento.
Até o impossível é mortal,
mesmo temporário.
E chorarás sem lágrimas
o castigo
de não teres aberto os olhos
ao meu regresso.
6.21.2009
21 de Junho
choravam as estrelas, sabendo que o dia era longo, tão longo que ficou a ser o mais comprido. cheias da luz que lhes apaga a própria, resolveram rumar a sul.
6.19.2009
6.16.2009
6.14.2009
Sabíamos que a manhã viria
mas preferimos permanecer de olhos presos
com o peito enrolado
deixando que o mar respire
as nossas canções antigas.
Um pescador
empurra o branco côncavo
largando um rasgo
no cinzento marinho.
Uma temerária lula
canta canções de amor
e entra na rede.
Ninguém dirá
que morreu de paixão,
tal como nós vivemos.
mas preferimos permanecer de olhos presos
com o peito enrolado
deixando que o mar respire
as nossas canções antigas.
Um pescador
empurra o branco côncavo
largando um rasgo
no cinzento marinho.
Uma temerária lula
canta canções de amor
e entra na rede.
Ninguém dirá
que morreu de paixão,
tal como nós vivemos.
6.13.2009
retorno, eterno retorno
Deixávamos na areia os calcanhares corrompidos
do alcatrão da cidade
e as ondas vinham em formação
esfregar o amarelo com bolhas de espuma
até se diluir por completo
o desperdício com que
oleávamos as canseiras dos dias.
Olhavas-me no repouso das horas
respirando plenitude a compasso
sem uma palavra
sem um gesto a mais.
Ao fim da tarde deixavas
os lábios nos meus,
as gaivotas grasnavam inveja
e eu dizia ao mar que voltaria.
Séculos depois, regresso
condenado à lembrança
que confunde as cores
que imagina os sons
que se perde
no horizonte do retorno.
O azul cheira-me a verde-cinzento,
a manhã teima em não se levantar
e, de encontro ao vento,
encontro um búzio
a chilrear amores.
Corro dele,
sei que guardou a nossa história
e o vento não consente
essa memória.
do alcatrão da cidade
e as ondas vinham em formação
esfregar o amarelo com bolhas de espuma
até se diluir por completo
o desperdício com que
oleávamos as canseiras dos dias.
Olhavas-me no repouso das horas
respirando plenitude a compasso
sem uma palavra
sem um gesto a mais.
Ao fim da tarde deixavas
os lábios nos meus,
as gaivotas grasnavam inveja
e eu dizia ao mar que voltaria.
Séculos depois, regresso
condenado à lembrança
que confunde as cores
que imagina os sons
que se perde
no horizonte do retorno.
O azul cheira-me a verde-cinzento,
a manhã teima em não se levantar
e, de encontro ao vento,
encontro um búzio
a chilrear amores.
Corro dele,
sei que guardou a nossa história
e o vento não consente
essa memória.
6.07.2009
fingido choroso
e de que vale acrescentar palavras a este tempo, mestre de insinuações, que lança risos solarengos na semana de trabalho e depois, como um pecador arrependido, chora angústias pelo domingo fora
6.03.2009
Na admiração do escuro
Não digas nada, agora:
o sol está a despedir-se
e usa o seu rito pessoal;
com o calor do dia
podes libertar ânsias
a que não correspondo.
Deixa que a noite tropece nos seus laços
e nos enleie de sentimentos;
dos mais pretéritos
aos mais presentes;
vai convidar-nos a espreitar a lua,
entre um beijo consentido
e outros gestos
perdidos na admiração do escuro.
(21.02.2009)
o sol está a despedir-se
e usa o seu rito pessoal;
com o calor do dia
podes libertar ânsias
a que não correspondo.
Deixa que a noite tropece nos seus laços
e nos enleie de sentimentos;
dos mais pretéritos
aos mais presentes;
vai convidar-nos a espreitar a lua,
entre um beijo consentido
e outros gestos
perdidos na admiração do escuro.
(21.02.2009)
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