5.22.2008

Prateada

A hora deixa na noite, de arrepios
A vista de meu cansaço enevoada
Procuro no vazio dos lugares vazios
A dela, minha lembrança esvaziada.

Salpico a memória com a luz de restos
Aflijo-me de não sentir um só recordo
Invento desculpas em jeito de protestos
Como a balir, e sabendo que não mordo

Afinal o esforço não me valeria de nada
Sempre assim é a quem por pouco sofre
A mulher esconde cor em forma prateada
E anda aí a incomodar noutro (belo) blog.