Desperta-se em mim mesmo uma
Sonolência teimosa, deixa-me sem
Maneiras, parecendo uma pluma
Esvoaçando ao vento que nem
O aconchego da brisa reflectida
Nas nuvens dormentes, como
Se fosse vencível a partida.
E, depois, uma a uma eu somo
As horas que me deixo alheado
Como se um bocado de tempo
Não contasse, como se o vento
Me arrastasse, levando a vontade
A qualquer longínquo pecado.
No fundo, deixa-me só metade
E eu parto quase acordado.