Contorno suavemente as tuas palavras,
A socorrer-lhes o (meu) sentido íntimo
Mas não tenho atrito e elas são vidradas
Deixa-me a dúvida de sentir o que sinto.
Apalpo o fôlego que como som lhes sobra
E tento escutá-las só com os gestos da mão
Afago-as mais ao peito, ponho-me à prova:
Se é o teu ou o meu o respirar do coração.
Mas as palavras esgotam-se no escuro
E eu confundo cada um dos corações;
Aproveito e digo amo, num sussurro,
Como quem soletra as suas orações.