Cadeias de vermelhos laços
Prendiam-nos trocado olhar
Como se grinaldas de braços
Onde nos queríamos amarrar.
Cada gesto meu não me pertencia
E desprendias-te do teu por igual,
Inventando uma dança em fantasia
Que de dois seria, um arranjo floral.
Deixa beijar-te o gesto sem tocar a mão
Roubando do poeta os ditos d’encantar,
Que assim, o que se te toca é o coração;
E no céu, só se sentem saudades a voar.