Gostava de dizer-te, madrugada
ao nascer do ouvido, se consente
que sou da noite, erva decepada
e só assim me tomo por valente
Não acredito no Sol, tão inebriado
que ofusca solidão a todo o tempo
prefiro é um gesto gasto e parado
fico melhor no Novembro cinzento
Gosto de andar no escuro, errante
e se brilho aí houver que seja eu
a sonhar que cavalgo o rucinante
e se o Sol quiser, venha ser meu.