Tenho saudades daquele tempo
Em que corrias atrás de… nada
A cabeça a beber o som do vento
E o mundo ali parado; e tu parada
Pois não eram precisos passos
Nem força, suor, ou a correria
Nossos olhos eram os espaços
De se sonhar o voar da fantasia
Passávamos as tardes no baloiço
Só a balançar os olhares risonhos.
Hoje, a cada acordar, ainda o oiço:
Dizias ser só isso o rir dos sonhos.