6.08.2008

muita cor

Deixa-me juntar os lábios ao teu respirar
Deixa-me espreitar, e ver-te, dormitando
Que na vista fica uma desenho d’encantar
Com tons d’amor com que te vou pintando

Não acordes, Sereia, que não vemos o mar
Temos dele uma ideia, mas é do tempo ido
Quando nos dizíamos, Haveremos de voar
(e, olha, eu agora sei que isso foi cumprido)

Cada qual galgando nas asas do outro
Loopings em glória, traços da certeza
De o pensar de novo, de novo absorto
Olho-te o encanto a encarnares beleza

Se pudera pintar o gesto que nem fazes
(escasso era o arco íris que então faria):
A cor que futurava na idade dos rapazes
Milhões de luzes não diriam o que sentia