Realiza-se no dia trinta deste mês
O lançamento dum livro no prelo;
Conta a história de uma vida a três
Que é a vida da mulher d’amarelo.
Logo pensam os puristas, credo…
Isto bem cheira a lânguida ousadia
Os outros, surfistas, vão mais cedo
Porque lhe conhecem já a fantasia.
Não há nada de especial no enredo:
É a mulher dos três chapéus de coco
Que tão viva aos homens deixa medo
E se mantém em vida a respirar pouco
É uma mulher desconforme e alegre
Que dispara em todas as direcções:
Avança pelo caminho que não mede
A estilhaçar novos e velhos corações
Claro que o poema poderia sê-lo
Mas o amarelo é cor bué garrida.
Fica a rima fraca, não conseguida
Pois mais interessa bem parecê-lo.
Pareces…