7.12.2009

Querendo crer

Deixei de crer no assobio dos búzios,
os que antes me ditavam o aconchego,
enrolados na ternura andaluz
de uns olhos da cor do medo.
Perdi a fortuna no débito da espera
e os cabelos brancos
pintaram-me o coração de passado.
Era falsa a história
- é o que digo aos búzios (agora);
mas choro mais
por ter de lhes confessar.
fora o meu ouvido sedento
que a aldrabou.
(25.05.2009)