7.05.2009

Fios...

poderia ter escrito o que
nem sei de ti,
apenas autorizando as veias
a arrastar-se no sangue emprestado
à morte
suspensa entre o primeiro e o teu último choro.

frutos da ausência,
às vezes somos espaços cruzados
nas almas de espanto;
sacramentos de manhãs nascituras,
eterno fio de desejo
que nunca rompe,
nem nunca enovelará.
(27.04.2009)