5.31.2010

tamanho e infinito

um fio de deus atravessa o som
onde se penduram as promessas
e viram respiração
os actos antes sidos
desejos e esperanças sem espaço.

cada segundo tem agora
o tamanho preciso que percorreu o nada
e o infinito
sem voltar as costas,
sem sentir pena
do tempo futuro, ficado por ocupar.

pé ante braço, coração aberto
peito inteiro sem gestos,
em cada gesto
sombras de um sol por inventar
incêndio copioso
num grito surdo
dum imortal presente.

(25.05.2010)