1.04.2010

Deixa que por baixo da minha loucura ondulada,
suave e lenta, no dedo epigrafado a folha branca
sue os carris de gesso
a inventar estações de nuvens perdidas
onde deposita bronzes de letras mortas.

que tu pules nos lábios do verão
e conjugues de formas sem tempo
só para encantares de sonambulismo
o ritmo com que me apresto às manhãs.

queria inventar um mundo novo
feito de cordas de baloiço e nariz de palhaço
só para entreter a monotonia do espaço
que me leva de volta ao som do infinito.

(9.08.09)