6.14.2009


Sabíamos que a manhã viria
mas preferimos permanecer de olhos presos
com o peito enrolado
deixando que o mar respire
as nossas canções antigas.

Um pescador
empurra o branco côncavo
largando um rasgo
no cinzento marinho.

Uma temerária lula
canta canções de amor
e entra na rede.

Ninguém dirá
que morreu de paixão,
tal como nós vivemos.