6.03.2009

Na admiração do escuro

Não digas nada, agora:
o sol está a despedir-se
e usa o seu rito pessoal;
com o calor do dia
podes libertar ânsias
a que não correspondo.
Deixa que a noite tropece nos seus laços
e nos enleie de sentimentos;
dos mais pretéritos
aos mais presentes;
vai convidar-nos a espreitar a lua,
entre um beijo consentido
e outros gestos
perdidos na admiração do escuro.
(21.02.2009)