7.13.2008

Quentura

Quando o calor sobra,
pintamos a cara de areia molhada
e sentamo-nos nos degraus da tarde.
A lua espreita, tímida
e conversamos com as horas da espera.
Quando o Sol partir
havemos de entrelaçar desejos
na candura da noite.
Amanhã abrasaremos de novo,
num sentimento repetido.
E esperamos a noite,
vezes sem tempo.

e. u. m. (Poemas Impublicáveis).