Coimbra tem a sua negra capa
Refeita de esperanças perdidas
Verbo escondido que se escapa
Em língua trocada noutras vidas
Tem um céu cinzento, um céu azul
Uma promessa beijo às madrugadas
No gesto escondido do folho de tule
Da caloira das esperas ensombradas
Coimbra tem tudo isso, e só me resta
Agora saudá-la num gesto de saudade
Dessa que nos segreda no fim da festa:
Tudo perdido… mas ficou a liberdade