E nunca perguntamos se valer a pena
é o castigo consumado
ou a vitória triste da melancolia
Só a aceitamos
como dádiva perfumada aos outros
em gestos carimbados de consolação
Queremos, depois, a recompensa,
sólida oferenda de parcos restos,
afago de dissabores descobertos
À maneira de Deus
inventamo-nos magnânimes
mas só o tempo nos cura
do desconforto do crédito.