as tuas mãos são a flor
que deixa no solitário a ideia do ramo
talvez nem seja amor
mas é sol por inteiro, todo o ano.
as tuas mãos rasgam-me o corpo
e eu, absorto
entrego-me por inteiro ao desleixo
de calar o que te deixo.
vamos
(anos e anos)
respirar o eterno dos dias
(tristezas, alegrias...)
tu e eu
somos o mundo todo
(a seu modo...)
somos céu.
(17.05.2009)