2.22.2009

nos ramos de teus abraços

"a cegueira é andar por uma terra que só eu conheço"
podendo enlera-me nos ramos
dos teus abraços,
que os repiso de memória. o
teu rosto continua a ser
o rio onde banho
as mãos e as saudades,
onde refresco da canícula
que a tua ausência me deserta.
barro é um ente solidário,
quando pergunto o teu nome,
e, se mais não pode,
deixa que reformule
os teus lábios mansos
e que o resto do teu corpo
acompanhe
os contornos do mundo.

(19.02)
A frase inicial é de Rui Nunes,
Que sinos dobram por aqueles que morrem como gado